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No Brasil, tratar de urbanização requer um breve olhar sobre nosso passado recente, visto que, o país conheceu este fenômeno propriamente dito somente em meados do século XX. Até então, a vida urbana resumia-se, para uma maioria, a funções administrativas voltadas à garantia da ordem e à coordenação da produção agrícola. As cidades em sua maioria ainda se encontravam com alguns aspectos coloniais como ruas sem saneamento, moradias em mal estado de conservação, principalmente as localizadas às margens das regiões centrais, veículos de tração animal pelo centro da cidade, animais soltos pelas ruas, problemas com sinalização e uma crescente ocupação da cidade sem um planejamento.

Hoje, passado quase um século, as cidades, sejam elas metrópoles ou cidades do interior, como a cidade de Entre Rios, apresentam os mesmos problemas acrescidos a outros ainda mais graves como, por exemplo, a falta de iluminação pública de qualidade, o saneamento básico que não atende à crescente população dos bairros periféricos, além da saúde pública que é uma questão problemática em todo o país. Todas essas questões fazem parte de uma estrutura mínima de urbanização e planejamento de uma cidade e são mencionadas diariamente pela população. Há de se pensar também no patrimônio memorial e cultural da cidade que está esquecido em um porão agonizando, vide a dificuldade que jovens pesquisadores têm para encontrar dados do seu município em uma pesquisa de campo.

O poder público e a população precisam estar atentos para o processo em curso que se acentuou nessa virada de século que é o turbilhão da vida moderna que tem sido alimentado por muitas fontes: grandes descobertas nas ciências físicas, com a mudança da nossa imagem do universo e do lugar que ocupamos nele; a industrialização da produção, que transforma conhecimento cientifico em tecnologia, cria novos ambientes humanos e destrói os antigos, acelera o próprio ritmo de vida, gera novas formas de poder corporativas e de luta de classes; descomunais explosões demográficas, que penaliza milhões de pessoas arrancadas de seu habitat ancestral. Além de uma transferência muito grande da massa populacional do campo para as cidades, povoando e construindo novos símbolos para uma rotina diária que os obriga a fazer leituras de mundo constantes.

Elementos como a industrialização e o capitalismo, geraram esse processo de construção da vida moderna e ocasionaram esses malefícios que afligem as cidades aliados na maioria das vezes a uma má gestão pública e falta de interesses de uma população ativa e consciente de seus direitos. A cidade é fruto de uma construção coletiva e precisa ser debatida diariamente por sua população, poder público e setores privados, buscando as melhores soluções para o desenvolvimento mais justo e humano.

Ivan Silva de Souza

Professor de História Graduado pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Especialista pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em História Africana.

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- DIÁRIO DE ENTRE RIOS -

3 comentários:

  1. a vergonha da cidade. com tanto dinheiro. revitaliza a praça. tem tanta cidadezinha do interior com praças lindas. entre rios com uma praça principal desse jeito. vergonha. sem uma urbanização. sem conjunto habitacionais do governo etc....ruas sem calçamentos ex: travessa princesa isabel. perto da rua rui barbosa desendo a novo gas. neum prefeito olha para essa rua.o atual pode ser o primeiro a fazer isso e entra para historia.

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    Respostas
    1. O atual prefeito não se preocupa em fazer nada, pois ele já entrou para a história como o PIOR PREFEITO DA HISTÓRIA DE ENTRE RIOS, sem contar muitos outros títulos que poderiam ser atribuídos a ele e seus asseclas.

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  2. Asseclas não.... quadrilheiros...

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