Diante da noticia por parte do Ministério da Educação (MEC) que pretende refazer todas as provas dos estudantes do Colégio Christus, de Fortaleza, começaram a surgir novamente os comentários preconceituosos nas redes sociais contra os nordestinos nesta quarta-feira (26).
"Nordestinos de merda, que povinho inútil, putz", postou o usuário Rodrigo Rech. A usuária Niscole (@nickislla) foi além. "Se esses nordestinos fds aprontarem o que aprontaram esse ano no Enem ano que vem, eu jogo uma bomba nuclear lá".
"A nova prova do Enem vai ser só para nordestinos?", questionou a usuária Carol Bittencourt. Outro usuário diz que “se fosse eles, soltava um bomba no Nordeste, que matava quem antecipou a prova e todos os nordestinos”
"Se essa p... de Enem for cancelada mato os nordestino do c...!", postou outro. A princípio, segundo o MEC, somente os alunos da escola envolvida precisarão refazer a prova.
Como sabemos, esse tipo de preconceito para com os nordestinnos vem se repetindo ano a ano. Quem não lembra da estudante de direito Mayara Petruso que usou o Twitter e o Facebook para atacar os nordestinos. “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!", escreveu, creditando a vitória de Dilma ao Nordeste.
O mais interessante disto tudo, é que estes tipos de pessoa desconhecem as próprias origens. Em estudo realizado pelo IBGE e divulgado pelo Jornal Nacional, apontam que a presença Nordestina na região de Sudeste é bastante forte. Os dados revelam que grande parte da população é ou tem algum parentesco com pessoas de origem da região Nordeste. Enfim, essa discussão poderia render muita coisa, mas, é melhor encerrar por aqui. O silêncio as vezes serve como boa resposta para a ignorância.
Deixo como dica para os leitores que quiserem refletir sobre a forte participação dos Nordestinos na constituição do Sudeste enquanto polo econômico, a música Cidadão de autoria de Lúcio Barbosa e bastante conhecida na voz de Zé Ramalho e o filme O homem que virou suco dirigido por João Batista de Andrade e rodado no ano de 1981.
Por Leandro Lins
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