Entrevista com Manoelito Júnior

O candidato do Partido Progressista falou em algumas linhas sobre os pontos de sua campanha, o que acha da cidade, e suas propostas de governo. Confira!

• Além do atual prefeito, o senhor é o único candidato com experiência política, por ter administrado a cidade de Cardeal da Silva. Caso eleito, como pretende usar essa experiência a favor de Entre Rios?

É uma experiência positiva. Implantei três postos do PSF, fiz o plano de cargos e salários dos professores, construí a entrada, o posto médico e a macrodrenagem do bairro Nova Pastora, a Avenida Lomanto Júnior, a Praça Divina Pastora, o calçamento da Urbis I e II, o Ginásio de Esportes, a Escola Orlando Improta, entre outros. São cidades diferentes, com necessidades diferentes. Minha maior lição foi a de que o prefeito tem que enfrentar os problemas, ser a solução para eles, ter coragem e não ficar colocando responsabilidade em terceiros, nem inventar desculpas por não ter feito. Contarei com a ajuda de auxiliares e dos vereadores, mas a responsabilidade pelo governo é minha.

• Seu pai é um homem bastante conhecido pelo eleitor. Recebe críticas e elogios. E, como filho, sua imagem acaba sendo associada à dele. Como o senhor lida com essas críticas?

Primeiro, deixo claro que muito me honra ser filho de Manoelito Argolo e de Vera. Ninguém realizou mais por esta cidade do que Manoelito Argolo e não conheço alguém em Entre Rios que melhor tenha atendido aos mais necessitados como Vera e Manoelito Argolo. Onde passamos nos bate-papos, tem obra de Manoelito Argolo. É natural que o eleitor ligue a minha pessoa à de meu pai. Mas somos pessoas diferentes, ajo em determinadas situações de uma forma mais moderna, mais atual. Cresci numa outra época. Vou assumir Entre Rios com outra realidade. Nos bate-papos, os eleitores podem ver o que herdei de meu pai e em que eu sou diferente.

• Nos seus eventos, tem sido bastante usada a figura do seu irmão, deputa-do Luiz Argolo, esteja ele presente ou sendo lembrado nos discursos. Caso o senhor seja eleito, qual vai ser a importância do cargo de seu irmão no desenvolvimento da cidade?

Luiz Argolo nasceu aqui e tem raízes aqui. Só viaja para Brasília para cumprir seus compromissos do cargo para o qual foi eleito, com a ajuda do povo de nossa cidade. Claro que ele quer uma Entre Rios melhor. Em um ano e meio na Câmara Federal, ele já destinou R$ 13 milhões em emendas para Entre Rios. Só que o prefeito atual atravanca a chegada destes recursos. Existem R$ 2 milhões na Caixa Federal Econômica de Feira de Santana para a cidade que ainda não foram usados porque o prefeito não licitou as obras. Isso comigo vai acabar! Vou agilizar ações pendentes em convênios com a União e o Estado. Luiz será a nossa ponte com os governos estadual e federal.

• Como o candidato vê a cidade de Entre Rios hoje?

Infelizmente, com muita tristeza. Ruas esburacadas e lama em toda a parte. Quase todas as promessas na última eleição ficaram só no discurso. Porto Sauipe é um exemplo. Nossas belezas estão degradadas. Cercaram de tapume a praça, mas quem observa por dentro não vê essa obra. O Samu estava pronto há dois anos, mas só agora, a 50 dias da eleição, a prefeitura implanta, mesmo assim sem equipes médicas suficientes. O hospital que já foi referência regional não tem as mínimas condições de dar um atendimento de qualidade. Nem parto cesariano é realizado. As necessidades da população ficaram em segundo plano para priorizar os interesses eleitoreiros do prefeito.

• Quais são suas propostas de governo?

Ótima pergunta. Tenho muita coisa a apresentar. Primeiramente, é preciso deixar claro que meu governo terá dois eixos: tirar o município do caos em que se encontra e fazer Entre Rios voltar a crescer. O Hospital Edgard Santos, por exemplo, está abandonado. Vou reformá-lo para que volte a realizar cirurgias e contratarei médicos especialistas. Vou trazer para Entre Rios as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e botar o Samu para funcionar de verdade. Na educação, será criada uma estrutura de ensino técnico-profissionalizante e reformaremos e construiremos escolas básicas e rurais. Ratearei com os servidores da educação o que sobrar da cota do Fundeb. Emprego é uma das principais preocupações da nossa juventude. Vou atrair a primeira fábrica de Entre Rios. Em cinco anos, a Bahia gerou 500 mil empregos de carteira assinada, atraindo grandes projetos industriais, mas Entre Rios, infelizmente, ficou de fora deste novo momento. Vou reformar a Central de Abastecimento, construída por meu pai. Na minha administração, será criada a bolsa família municipal, visando combater a fome e aquecer o comércio local, que vai fornecer os alimentos. O cartão corporativo do servidor vai antecipar até 40% do salário para compra no comércio local. Tenho propostas e meios para torná-las realidade. Muito obrigado.

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- DIÁRIO DE ENTRE RIOS -

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