O movimento iniciado pelos
Policiais Militares do Estado da Bahia, no dia 31 de janeiro, completa hoje sete
dias, e a situação em todo estado se torna cada vez mais preocupante. Segundo
dados da Polícia Militar, divulgados pela Agência Reuters Brasil, a greve
atingiu cerca de 20% do efetivo de aproximadamente 31mil homens.
Apesar de alguns
agrupamentos ainda não terem aderido à greve, a população, no geral, sente-se
insegura diante da chuva de informações apresentada pela mídia, causando grande
desconforto geral, e interferindo diretamente na vida dos cidadãos baianos. Um
exemplo claro disso, é que muitas escolas (não só na capital, mas também no
interior) acataram a recomendação para adiar o início das aulas.
O movimento, que vem
ganhando força nos últimos dias, em várias cidades do interior baiano, tem seu
pólo principal de resistência na cidade de Salvador, aonde membros da
Associação de Praças, PMs, e Bombeiros, (Aspra-BA), ocupam a Assembleia
Legislativa da Bahia (AL-BA), resistindo as empreitadas na tentativa de
desocupação do prédio.
O governo do Estado afirma estar negociando com os grevistas,
ofereceu reajuste salarial de 6,5 por cento retroativo a 1º de janeiro e está
aberto a negociar as gratificações com os grevistas. Em pronunciamento, o
governador Jaques Wagner (PT), disse que os policiais militares promovem um
'banho de sangue' para amedrontar a população.
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) em conversa “com os
trabalhadores da polícia e também com o governador Jaques Wagner sobre a
possibilidade de uma comissão de parlamentares, que envolvesse senadores e
alguns deputados, e que pudesse abrir uma negociação para tentar resolver
rapidamente essa questão da greve na Bahia. O governador foi muito simpático à
ideia, disse que faria uma última tentativa (de negociação com os policiais) e,
caso não tivesse acordo, ele aceitaria, com certeza, a intermediação dos
deputados e dos senadores, na parte da tarde de terça-feira (7).
O que toda população baiana espera, é que toda essa situação se
resolva rapidamente, permitindo que voltemos às nossas atividades normais, e para
que possamos gozar de “um pouco mais de segurança”.
Por Leandro Lins
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